Em vós gosto de tudo
das mãos com calos
que deixam claro uma vida de trabalho
da cara com rugas
onde cada uma delas é um momento de experiência
do reumático que vos impede
de caminhar ligeiros
como o fazíeis quando éreis moços
dos passos lentos, porque as pernas já não ajudam
das palavras que às vezes não saem
mas que eu tento adivinhar
das lágrimas que saltam sem motivo
das emoções sinceras com que nos contais
as histórias que vivestes
ou aquelas que não vivestes
mas com as quais ainda sonhais
Quando olho para vós
Sinto uma alegria renovada
Porque os vossos olhos
Apesar de não verem claro
As letrinhas do computador
brilham como
Só sabem brilhar os olhos
de quem está ainda apaixonado
pela vida
Convosco eu aprendi muito
Convosco todos aprendemos.
Obrigada por partilhardes connosco
a vossa sabedoria.
Sem comentários:
Enviar um comentário